Vivemos num mundo saturado de imagens; um mundo no qual imaginar (sobretudo quando em função de um texto, i.e., a partir de estímulos verbais) parece tornar-se, para muitos, pouco aliciante ou menos fácil. Não seria assim no tempo do Padre António Vieira (1608-1697), e sabemos bem, graças a estudos como os de Margarida Vieira Mendes, que na oratória barroca “várias e heterogéneas tradições” se conjugavam, promovendo o valor descritivo da palavra. A que estratégias, a que processos, a que meios recorria Vieira, pregador jesuíta, para fazer imaginar? Seremos nós hoje — leitores do século XXI — capazes de reconhecer o poder desse jogo de ilusão? 

Isabel Almeida

Docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tem privilegiado como área de estudo a literatura portuguesa dos séculos XVI e XVII. Integrou a equipa responsável pela edição d’ Os Lusíadas Comentados por D. Marcos de S. Lourenço. Trabalhos sobre Gil Vicente, Jorge Ferreira de Vasconcelos, Fernão Mendes Pinto, P.e António Vieira ou Camões encontram-se publicados em revistas e volumes colectivos, como o Dicionário de Luís de Camões (2011), dirigido por Vítor Aguiar e Silva.

Seminário de História dos Jesuítas

Encontros mensais para promover a apresentação e discussão de tópicos relacionados com a história dos jesuítas desde 1540 até hoje, nas suas várias vertentes: arte, arquitetura, espiritualidade, pedagogia, missões, ciência, anti-jesuitismo, expulsão e restauração.  

Coordenação: António Júlio Trigueiros SJ, Maria João Pereira Coutinho e Francisco Malta Romeiras